Sobre este espaço

Este é um espaço destinado à reflexões acerca da memória, do tempo e de histórias.. Histórias de vida, histórias inventadas, histórias... Um espaço onde a imaginação possa fluir, viajar. Um espaço também para escrever sobre minhas reflexões referentes aos meus estudos sobre arqueologia e antropologia... Antes de mais nada, uma espécie de Diário daquilo que me impulsiona, um lugar para organizar (ou tentar) meus pensamentos.. antes que eles voem por aí.

Boa exploração!

Roberta Cadaval

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Por entre praças.

No último domingo curti um lindo dia de sol, de um colorido único e de uma alegria ímpar. Na beira da praia de São Lourenço, molhando os pés na lagoa que refletia um azul-céu vibrante, tornei-me voyeur do tempo. Admirei a alegria que pulsava nos sorrisos das faces que por mim passavam. Alegria esta, tão pulsante e presente nos passos desses transeuntes, em meio a tantos passos leves em descansos e enérgicos em correntes! Capturei mundos. Acordei a criança que habita em mim. Fiz das cores vibrantes uma escala de cinzas, que do preto ao branco contornavam os sons. O som do balanço enferrujado pelo tempo. Ao fundo, risadas infantis, conversas entre brincadeiras. E neste momento, entendo Fernando Pessoa quando diz: "Agora ouço o vento passar. E só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido." Ouvi o vento, senti a água e os pés na areia. Vi olhos brilhando de alegria. Vi crianças em seus belos mundos. Me vi criança em todos os meus reflexos. Me senti livre e fui poeta. Fiz canção na minha alma e senti... senti que por perceber tanto e assim, valeu a pena ter nascido.





sábado, 8 de outubro de 2011

Estalares em percepções

Em 7 de outubro de 2011, assisti as duas últimas conferências do 5º SIMP (Seminário Internacional de Memória e Patrimônio - Memória e esquecimento). No fundo da sala, minhas percepções começaram a interagir com o ambiente e compartilho aqui meus devaneios (palavras que tentam traduzir minhas efêmeras percepções) em meio a palestra de Jorge Quillfeldt - A natureza flexível da memória animal: esquecer é o menor de seus problemas...

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Da memória de reviver o passado
Completa memória complexa
Equações, esquecimentos
Pertencimento
Analogias e fundamentações com grandes nomes
O que é ciência?
Fato comprovado
Que não relativiza
Abra-se caminho às construções de processos
Em interatividades
Questões, compreensões
Tempo de abstração
Olfato, memória
Lança estações transmissoras
Evoca, corrobora
Animais audiovisuais
Cheiro de café em dedos brancos
Cálidos espaços entre falanges
Demasiados tons em sinais
Apalusos, ecos e anéis
Estalares em percepções

Do esquecimento de viver o presente
Complexa memória completa
Metáforas, reflexões
Identidade
Aprofundamento na psique da alma
O que é tradição?
Fato vivido
Relativização
Delineando processos em conexões
Respostas, versões
Tempo de absorção
Audição, memória visual
Lança estações transmissoras
Evoca, corrobora
Animais audiovisuais
Som do burburinho em notas brandas
Caladas entoando cores
Harmonizando sons entre vocais
Andares, compartilhares labiais
Estalares em percepções

O quê estes filmes têm em comum?

O quê estes filmes têm em comum?
"Le fabuleux destin d'Amélie Poulain", "Uma vida iluminada" e "Coisas insignificantes".