Sobre este espaço

Este é um espaço destinado à reflexões acerca da memória, do tempo e de histórias.. Histórias de vida, histórias inventadas, histórias... Um espaço onde a imaginação possa fluir, viajar. Um espaço também para escrever sobre minhas reflexões referentes aos meus estudos sobre arqueologia e antropologia... Antes de mais nada, uma espécie de Diário daquilo que me impulsiona, um lugar para organizar (ou tentar) meus pensamentos.. antes que eles voem por aí.

Boa exploração!

Roberta Cadaval

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A minha poesia


A minha poesia adormeceu de mim.
Cansou dos meus tortuosos caminhos.
Despiu-se da minha dor.
Calou meu pranto.

A minha poesia devorou meus sentires.
Foi-se embora com minha perdição.
Deixou-me a procura de novas palavras.

Minha poesia quer voar para outros aromas.
Cessou as letrinhas do amor.
Perdeu o encanto de ser.

Cabe a mim encontrar outras linguagens que me transbordem.
Que seja em prosa.
Que seja em canção.
Que seja em conceito.
Mas que não deixe de ser.
De fazer palavras em mim.

Que seja uma poesia contemporânea.
Que seja o que dê conta de mim.
E do outro que não me cabe.

Que seja o novo que fale do velho.
O velho que conta o que foi.
Do que foi que agora já é.

Que não faça sentido e que do sentido balbucie as primeiras palavras.

A minha poesia já não é mais minha.
É do todo que anestesia o meu tudo.
É do tudo que tenho visto ou vivido.
Ou do pouco que tenho sentido.
De um pouco que é demais.
Por um muito que já deixou de ser.

Que a cura se revele nas palavras.
Ou que estas ajudem a curar.
Que possam ajudar um outro mundo.
E que um dia... Elas voltem a brilhar.

O quê estes filmes têm em comum?

O quê estes filmes têm em comum?
"Le fabuleux destin d'Amélie Poulain", "Uma vida iluminada" e "Coisas insignificantes".