Fotografia de Cristiana Santos
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O que me mais incomoda é o excessivo contraste entre o Natal e o resto do ano. Note: a cidade enche-se de enfeites e luminosos que piscam, como que desejando tornar-se outra que não seja a urbe cinzenta de sempre. Mas por que cargas d`água pessoas deixam de fechar os vidros de seus carros aos pedintes, cumprimentam desafetos do serviço, contribuem com instituições de caridade, trocam abraços e presentes apenas agora?
Costumo dizer que datas não passam de convenções, e que certos estavam os personagens de Lewis Carroll, que diariamente faziam festas para comemorar o Dia do Desaniversário. Afinal de contas, por que celebrar aniversários, que ocorrem apenas uma vez por ano, e ignorar os demais 364 dias?
A mensagem de fim de ano que deixo, pois, é esta: todo dia é ocasião para acreditar no amor a despeito da aleatoriedade do universo, reafirmar esperanças (inclusive as que mofam amarfanhadas no armário do olvido), evocar sementes e estrelas como símbolos de potencial e concretização, abraçar demoradamente cada pessoa querida no mínimo 42 vezes por mês, adiar sua lápide e, principalmente, tratar de ser feliz.
A mensagem de fim de ano que deixo, pois, é esta: todo dia é ocasião para acreditar no amor a despeito da aleatoriedade do universo, reafirmar esperanças (inclusive as que mofam amarfanhadas no armário do olvido), evocar sementes e estrelas como símbolos de potencial e concretização, abraçar demoradamente cada pessoa querida no mínimo 42 vezes por mês, adiar sua lápide e, principalmente, tratar de ser feliz.
Feliz Desnatal e um Próspero Ano Todo a você!
(Alexandre Inagaki)
__________________________________________________________________________________Então encerro estes devaneios soltos, desejando que sejamos mais vibrantes, mais amantes, mais felizes e iluminados...
Que tenhamos alma de criança, diante da magia existente em uma bolha de sabão...
Que tenhamos mais paz e poesia neste novo ciclo de oportunidades...
E que saibamos aproveitá-las, a cada dia do ano!