Sobre este espaço

Este é um espaço destinado à reflexões acerca da memória, do tempo e de histórias.. Histórias de vida, histórias inventadas, histórias... Um espaço onde a imaginação possa fluir, viajar. Um espaço também para escrever sobre minhas reflexões referentes aos meus estudos sobre arqueologia e antropologia... Antes de mais nada, uma espécie de Diário daquilo que me impulsiona, um lugar para organizar (ou tentar) meus pensamentos.. antes que eles voem por aí.

Boa exploração!

Roberta Cadaval

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Faxina Etérea

Diariamente as pessoas se preocupam em limpar a casa, organizar os instrumentos de trabalho, tomar banho, lavar a louça/roupa, etc. Chega a haver um excesso de cuidado higiênico com as coisas a nossa volta. Mas e as outras coisas que nos orbitam? Que não são palpáveis, como os nossos pensamentos, sentimentos e experiências espirituais? 
Esses conceitos, que referem-se à abstrações materiais, dão forma a todas essas coisas, mas geralmente esquecemos de faxiná-los. E essa é a limpeza mais importante!
Olhar para fora das redes sociais.
Olhar pra dentro, meditar, conversar consigo, fazer mentalizações.
Cessar o caos que circunda as ruas.
Cessar o caos interior.
Aprender a ouvir o vento, a chuva e todas as formas etéreas que nos rodeiam.
Reconhecer o acesso a si mesmo, aprendendo a ouvir-se.
Escutar a voz do coração e entregar-se às suas batidas.


Hoje é dia de faxina etérea aqui em casa... 
E que essa faxina vire exercício diário também.

Por mais amor.
Por mais fé.
Por mais paz.
Por mais gratidão.
Por mais luz.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

No exato instante agora

As consultas começariam às 14 horas. Para estar entre os 6 pacientes do dia era preciso estar lá bem cedo. 12h30 aproximadamente cheguei por lá e a feira que havia naquela rua estava desfazendo-se. A espera me levou a devanear... e desses devaneios a observar nasceu "no exato instante agora".


O tempo da feira em uma quinta gris 
Grisalho sorriso entre as cores do sol 
Um sopro leva as folhas secas 
Que sobrevoam as frutas da época 
A cidade não para e por ela só passa 
Laranja do céu, frutaria de paz 
Um vago efêmero instante do tempo no agora 
Agora que já foi antes e virou depois 
Apreciação que virou poesia 
No chão sinto o vento no agora 
A vasta grama pálida dança nervosa a minha frente 
Vestida de feira a moça ri no que passou e no que será
Bergamota, melão, abacaxi e banana 
Outono fez-se roupa no sorriso dela 
Um animal humano guiado por seu parceiro de quatro patas 
Cessa o passo e vê o preço do tomate 
A outra segue seu tempo blue, no firme passo do que há de vir 
A fila se completa em seis distintos universos 
E a feira continua a terminar seus trabalhos sem pressa 
Sem pressa aguardo a minha vez 
Sentindo a sábia espera 
No exato instante agora

O quê estes filmes têm em comum?

O quê estes filmes têm em comum?
"Le fabuleux destin d'Amélie Poulain", "Uma vida iluminada" e "Coisas insignificantes".