O tempo da feira em uma quinta gris
Grisalho sorriso entre as cores do sol
Um sopro leva as folhas secas
Que sobrevoam as frutas da época
A cidade não para e por ela só passa
Laranja do céu, frutaria de paz
Um vago efêmero instante do tempo no agora
Agora que já foi antes e virou depois
Apreciação que virou poesia
No chão sinto o vento no agora
A vasta grama pálida dança nervosa a minha frente
Vestida de feira a moça ri no que passou e no que será
Bergamota, melão, abacaxi e banana
Outono fez-se roupa no sorriso dela
Um animal humano guiado por seu parceiro de quatro patas
Cessa o passo e vê o preço do tomate
A outra segue seu tempo blue, no firme passo do que há de vir
A fila se completa em seis distintos universos
E a feira continua a terminar seus trabalhos sem pressa
Sem pressa aguardo a minha vez
Sentindo a sábia espera
No exato instante agora
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