Fonte da imagem: duocriação
O que a gente faz quando sente vontade de escrever em lugares inadequados? Escreve? Escreve para que as palavras não voem e se espalhem por aí. Percepções. Captar o mundo através de todos os sentidos. Agora ouço, vejo, sinto e falo através das palavras. Expresso o meu perceber, apreendo o meu entorno o transpondo no papel. Papel em nota de banco, tão útil a suportar meus pensamentos, longo devaneio em curto trajeto. Quase chego a meu destino e cá estou, observando um mundo através de molduras e um vidro que me separa. Aqui, onde me encontro agora, há um outro mundo, diferente daquele lá fora. O tempo é outro, as crianças riem, brincam e sorriem para mim. Lá fora vejo a miséria na diversidade, inferência a múltiplos mundos. O real intransponível. Logo, eis que surge a árvore do pessegueiro, indicando que esse é o caminho. Avisa que há permissão para a utopia, uma utopia que pode ser concretizada. A árvore do pessegueiro é a cor que vibra em meio a desesperança, por entre sujos tons de gri(to)s. Aí eu acredito. E escrevo porque vejo que vale a pena voltar nossos olhos com nova atenção para o que vemos. Escrevo para tentar transcrever o mundo que vejo. Um mundo que, dentro de mim, refelete cores, amores... puro encanto e poesia - questão de significado.
*devaneios que invadiram meus pensamentos em um trajeto de ônibus - Cassino/Centro, via Cidade Nova.
1 comentários:
lindo lindo lindo minha mana! como todas as palavras que saem do teu coração! AMO MUITO! saudade!
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