Sobre este espaço

Este é um espaço destinado à reflexões acerca da memória, do tempo e de histórias.. Histórias de vida, histórias inventadas, histórias... Um espaço onde a imaginação possa fluir, viajar. Um espaço também para escrever sobre minhas reflexões referentes aos meus estudos sobre arqueologia e antropologia... Antes de mais nada, uma espécie de Diário daquilo que me impulsiona, um lugar para organizar (ou tentar) meus pensamentos.. antes que eles voem por aí.

Boa exploração!

Roberta Cadaval

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Júpiter e Netuno

Às vezes sinto uma necessidade de escrever. Escrever sobre a vida, as sensações, dores, amores. Às vezes nem sei o quê, mas escrever! Penso que escrever é como desenhar, é friccionar a caneta ou lápis sob o papel e observar os resultados. Movimentar os dedos e criar formas, luzes e sombras. Contornos. Até narrativas. Às vezes não sabemos onde chegaremos através desse movimento. Expressões, impressões. Mímese I, mímese II, mímese III. Observar e apreender o mundo, expressar essas impressões e oferecê-las ao mundo. Mais um processo cíclico. Influência: Paul Ricoeur. Pausa. Algumas vezes nem sei do que falo, mas o que sinto me conduz a alguns caminhos, me revelam palavras. Da mesma forma que alguns recortes do cotidiano vivido brilham para mim quase gritando: Me faça eterno! Um botão é apertado e um instante congelado. Não é o meu olhar, é o meu sentir. É o meu sentir que direciona meu olhar. Gosto dos detalhes, daquilo que nem sempre é percebido. Gosto das marcas, linhas na pele, expressões que contam histórias. Júpiter e Netuno no meu mapa explicam tudo isso. Peixes explicam a musicalidade nas minhas palavras. Amor, doação, arte. Arte, vida. Em eterna construção...

sábado, 11 de junho de 2011

Diálogos

Gosto de diálogos de luz, diálogos de amor.
Klinamens gerados pelo processo singular.
Processo singular que se faz plural.
Sonhos, cantos, encontros, encantos.
Imagens.
A imagem que sobrepuja o efêmero.
Efêmero instante da saudade.
Saudade fixada pela luz no papel fotossensível.
Sensível-arte.
Arte que transborda pelos poros de processos.
Processos plurais, singulares diálogos.
Diálogos de luz, diálogos de amor.
Extra-amor.

Desvios para a liberdade


Estamos familiarizados com exposições de arte em espaços convencionais do sistema das artes como galerias e centros culturais, no entanto acreditamos na necessidade de transgredir estes espaços na busca de uma arte interventiva, como muitos artistas vêm fazendo pelas ruas e avenidas do mundo. 

Portanto, essa proposta de uma exposição na biblioteca central da FURG foi se constituindo como uma maneira de extrapolar o espaço instituído da arte em um fluxo de interações que despertem outras relações com a produção artística, ou seja, interações em outros espaços, conectados com o cotidiano das pessoas, nesse caso, especificamente, com os viventes que transitam por nossa biblioteca.

Talvez a palavra exposição não dê conta da proposta no seu intuito interventivo e descentralizado das obras, misturadas com os livros, estantes e demais elementos que constituem o corpo físico da biblioteca. Pensamos de forma interventiva, e essa é a palavra, uma exposição-intervenção, para estabelecer com as pessoas que se depararem com os trabalhos uma relação para além do espaço formal da arte, uma interação em um espaço do dia-a-dia, uma relação que possa provocar nesse ambiente, novas subjetividades, sentimentos e reflexões.

O fio condutor dos trabalhos é a temática “animal” passando pela discussão da vivissecção, do consumo de carne animal, da dominação e da superioridade sobre o outro. Esse tipo de relação tem travado grandes enfrentamentos no que diz respeito à ética do humano consigo quando da escravatura, do apartheid, das ditaduras, etc. A privação de liberdade entre humanos extrapola as relações entre congêneres com intento de dominação. Por um estilo de vida consumista e de status de superioridade se estabelece o comércio de animais, o consumo de suas peles, o uso deliberado de suas vidas para pesquisas, o enclausuramento em gaiolas, os “espetáculos” circenses e rodeios, etc.

Como manifestação artística e educativa não-formal por um ambiente e relações mais saudáveis e sem opressão, essa intervenção propõe, nesse espaço de estudos, reflexões, e conhecimentos que é a biblioteca, provocar novos pensamentos e, sobretudo, novos sentimentos em relação à VIDA!

Inspeção – Anne Farias - anneqf@gmail.com
Devir-animal – Cláudio Azevedo – claudiohifi@yahoo.com.br
Laços de Domínio Laços de Amor – karine Sanchez - kakasanchez_rs@yahoo.com.br
Aos invisíveis – Priscila Reis - reis.bio08@gmail.com
Escolhas – Roberta Cadaval - robertakdaval@hotmail.com

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Devindo.

Tree of Reveri. Josephine Wall.

 Por influência da leitura da escrita de uma memória que não se apaga¹.

Eles foram. Voltaram. Não puderam ser.
Viveram. Sentiram. Encontraram-se.
Entendendo. Percorrendo.
Eles voaram e voltaram a se ver.

¹ livro de Ângela Mucida.
Escrita de uma memória que não se apaga - envelhecimento e velhice. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

O quê estes filmes têm em comum?

O quê estes filmes têm em comum?
"Le fabuleux destin d'Amélie Poulain", "Uma vida iluminada" e "Coisas insignificantes".